Ramboll monitora ações no território

Publicado em: 25/02/2019

Área de pomar de um dos atingidos do Simplício. Algumas espécies de frutas não resistiram a lama e morreram.

A partir de algumas denúncias levadas até às Câmaras Técnicas, membros da equipe  da Ramboll percorreram, na quarta-feira, dia 20 de fevereiro, várias localidades nos municípios de Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Simplício (Ponte Nova), a fim de monitorar as ações dos programas de Reparação Integral, do TTAC, no território.

Logo pela manhã, a equipe da Ramboll, acompanhados dos membros da assessoria técnica do Centro Rosa Fortini, Domingos de Araújo Lima Neto (coordenador jurídico) e Davi Soares de Freitas (Agrônomo), fizeram visitas aos produtores rurais atingidos da localidade do Simplício (Ponte Nova). Em seguida, visitaram produtores de Santa Cruz do Escalvado e de Rio Doce.

Durante o trabalho de monitoramento, a equipe detectou algumas pendências em relação ao Auxílio Financeiro Emergencial- AFE, ações de reparatórias incompletas e ausentes, dentre outras. “O grande acúmulo de rejeito nas propriedades é um dos fatos preocupantes, pois impede o pleno desenvolvimento das culturas que existiam antes do crime. Também encontramos casos de cadastros pendentes, pessoas que não receberam o retroativo do AFE e morosidade na negociação da indenização”, disse Davi.

De acordo com as considerações finais da Avaliação do Programa de Reparação Integral da Bacia do Rio Doce, publicada pela Ramboll, pouco mais de 24 meses após o desastre da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), “a reconstrução de futuro tem que ter como pedra fundamental a adoção de um modelo de resiliência pautado em quatro pilares fundamentais:

• O reconhecimento da condição de Atingido;

• A garantia aos direitos fundamentais de saúde, educação, habitação e saneamento;

• A garantia de empoderamento dos atingidos nos processos de tomada de decisão; e

• A formulação de um modelo de desenvolvimento regional que ampare toda a sociedade, garantindo melhorias na qualidade de vida para as presentes e futuras gerações”.

São anseios da população atingida, que ainda sente o efeito pós traumático do rompimento ocorrido.


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