Restauração Florestal e Produção de Água no Território

Publicado em: 12/07/2019

No dia 26 de junho, equipe do Território (Rio Doce/Santa Cruz do Escalvado/Chopotó) esteve presente à reunião da Câmara Técnica de Restauração Florestal e Produção de Água (CT-FLOR), em Vitória. Neste dia, houve apresentação da empresa Brandt Meio Ambiente, que será responsável pela execução do inventário florestal da Bacia do Rio Doce. Também houve apresentação detalhada do PG 26- Recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) pela Fundação Renova.
 
Os trabalhos da empresa Brandt Meio Ambiente, de Nova Lima, tem previsão para iniciar ainda em julho e finalizar em maio de 2020. O inventário florestal é um levantamento que permitirá a análise da estrutura, composição e vitalidade das florestas. A partir destas análises serão gerados indicadores de restauração florestal e subsídios para formulação de políticas públicas que visam o uso sustentável, recuperação e conservação dos recursos florestais.
 
Para produção das informações citadas acima, a Brandt Meio Ambiente terá que realizar coletas botânicas e de solo, medição de árvores, além de entrevistas com moradores e agricultores. As coletas serão feitas em Unidades Amostrais (UA) de 300 m². A quantidade de UA dependerá do tamanho e condições do solo de cada bacia hidrográfica.
 
Dentro do cronograma de execução do inventário florestal deverão ser aplicados 30 termos de anuência por dia. A par destas informações, os representantes dos atingidos do Território solicitaram que este serviço seja realizado em conjunto com as Comissões de Atingidos e Assessoria Técnica do Centro Alternativo de Formação Popular Rosa Fortini.
 
O PG 26, programa reparatório que tem como objetivo aumentar a quantidade e qualidade de água nos tributários (alternativas de captação de água), ainda não foi aprovado no Comitê Interfederativo (CIF). Em 2016, o CBH-Doce e outros órgãos ambientais definiram a área a ser atendida por este Programa e que 5 mil nascentes seriam recuperadas. A distribuição do serviço de recuperação destas nascentes foi feita entre as sub-bacias do rio Doce, de acordo com o nível de degradação de cada território, vulnerabilidade e prioridade para os tributários que serão alternativas para captação de água em relação ao rio Doce. 
 
Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Ponte Nova pertencem a Bacia Hidrográfica do Rio Piranga, mas, até o momento, os municípios não foram contemplados comos serviços de recuperação de nascentes do PG 26. As Comissões de Atingidos encaminharão ofício à CT FLOR, solicitando a inclusão de nascentes, visto a importância das águas que nascem no Território para o rio Doce.
 
Ainda dentro do PG 26, a Fundação Renova pretende recuperar 40 mil hectares de APP’s degradadas (10 mil através do plantio de mudas nativas e 30 mil por meio de revegetação natural). Com a participação do produtor rural, serão realizadas as seguintes ações: implementação de um programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA); fomento e execução do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Programa de Regularização Ambiental (PRA); melhoria da fertilidade do solo; obras de preservação do solo como barraginhas, caixas secas e terraços; Projetos Individuais das Propriedades (PIP’s); incentivo a criação de uma rede de coletores de sementes de árvores nativas e produção de mudas nativas; fornecimento de Assistência Técnica Rural (Ater); e implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF). 
 
Para os representantes das Comissões de Atingidos, Márcio Laazarini (Rio Doce) e Antônio Carlos de Souza (Santa Cruz do Escalvado/Chopotó), as ações ambientais são de extrema importância para os municípios, no entanto, é necessário ter bom senso, considerar as áreas de uso consolidado pela produção agrícola e pecuária, não comprometendo assim o desenvolvimento das atividades. O engenheiro agrônomo do Centro Rosa Fortini, Davi Soares de Freitas, também participou da reunião.
 
 
 
 
 

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